quarta-feira, 17 de maio de 2017

Parada Gay de SP 2017 anuncia defesa do estado laico como tema


Transexual Viviany Beleboni usa fantasia em protesto contra a bancada evangélica e a Justiça   (Foto: Caio Kenji/G1)
Transexual Viviany Beleboni usa fantasia em protesto contra a bancada evangélica e a Justiça (Foto: Caio Kenji/G1)
A organização da Parada Gay de São Paulo, a maior do país e uma das maiores do mundo, anunciou nesta quarta-feira (17), dia internacional de luta contra a homofobia, que a Parada deste ano, no dia 18 de junho, terá como tema: "Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todos e todas por um estado laico".
Como nos anos anteriores, a Parada Gay de São Paulo ocorrerá na Avenida Paulista, região central da capital. A organização ainda não anunciou quais serão as atrações e nem quantos trios elétricos animarão a festa nesta edição.
Participaram de entrevista coletiva nesta quarta-feira para anunciar o tema da Parada Gay a presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Claudia Regina, o secretário de Justiça do estado de São Paulo, Márcio Rosa, e a drag queen Tchaka Rainha.
"A religião é uma questão de foro íntimo. Cada religião é um caminho e ele não pode ser imposto a toda uma sociedade. Cada caminho, cada religião, centro e templo têm suas pessoas com suas afinidade e não pode impor regras e comportamentos a todos. Tudo o que diz respeito ao público e a toda a sociedade deve ter uma postura de laicidade e não deve contemplar religiões”, disse Claudia Regina.
A drag Tchaka também falou em defesa do tema do evento deste ano. "É urgente o tema. Ele precisa ser debatido, conversado e resolvido ao longo do tempo. O crescimento da Parada tem sido sistemático. E ela é uma ferramenta de debate na sociedade."
Também foi anunciado nesta quarta-feira (17) o apoio ao evento de uma empresa de aplicativo de transporte individual e de uma marca de cerveja, que deverão promover ações com o público no dia da Parada.

A data desta quarta-feira, 17 de maio, foi escolhido como dia internacional do combate à homofobia por ter sido o dia que, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da classificação de doenças, ou problemas relacionados à saúde. 

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