quarta-feira, 17 de maio de 2017

Propina da Lava Jato pode ter abastecido campanha de Hermano



Propina da Lava Jato pode ter abastecido campanha de Hermano em 2012
Em 2012, PMDB do RN recebeu R$ 12 milhões do diretório nacional. Desse montante, R$ 7,8 milhões foram repassados para a campanha de Hermano a prefeito de Natal


Em 2012, o PMDB recebeu R$ 4,27 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, uma das envolvidas na Operação Lava Jato.
No mesmo ano, o Diretório Nacional do PMDB repassou para o Diretório Estadual do Rio Grande do Norte a quantia de R$ 12 milhões.
Desses recursos, R$ 7,8 milhão foram repassados à campanha do deputado estadual Hermano Morais (PMDB) à Prefeitura de Natal.
O peemedebista disputou com o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), mas perdeu no segundo turno.


RN na Lava Jato
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou a investigadores da Operação Lava Jato, em depoimentos de delação premiada, ter repassado propina a mais de 20 políticos de 6 partidos. O novo delator da Lava Jato contou à Procuradoria Geral da República (PGR) sobre pedidos de doações eleitorais de parlamentares de PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PC do B.
O ex-presidente da Transpetro contou, em outro trecho da delação, que repassou ao atual ministro do Turismo, Henrique Alves, R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o ex-presidente da Transpetro, da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300 mil em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão. Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia, de acordo com a delação.
Os recursos, eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária da Petrobras.  Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava procurá-lo com frequência em busca de recursos para campanha.
Procurada, a Galvão Engenharia diz que não vai se pronunciar.
Machado afirma que, sempre em épocas de eleição, era procurado pelo ex-ministro e atual senador Garibaldi Alves (PMDB). Em 2010, ele diz ter intermediado o pagamento de R$ 200 mil pela Queiroz Galvão e R$ 250 mil da Camargo Corrêa em 2012.
Machado disse que Garibaldi também pediu ajuda à candidatura de seu filho, Walter Alves, à Câmara dos Deputados. Ele diz, então, que conseguiu uma doação de R$ 250 mil, pela Queiroz Galvão, em 2014
Na delação, Sérgio Machado diz que a dinâmica de pagamento de propina era a mesma utilizada com os demais políticos: sempre em épocas de eleição, era procurado para que intermediasse doações. Ele diz que o senador do DEM recebeu, em 2010, R$ 300 mil para sua campanha ao Senado, pela Queiroz Galvão; e R$ 250 mil, em 2014, para a campanha do seu filho, o deputado Felipe Maia, à Câmara.

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