quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Que Rei sou Eu?



                                                  Cobras e lagartos   aguarde  

Em 1989 a Rede Globo exibia uma novela com o título, Que Rei sou Eu? O folhetim ironizou a situação político-brasileira, e foi escrita por Cassiano Gabus Mendes. Isso há 28 anos. A novela contava a história de um país que vivia envolto em corrupção e armações de seus políticos e nobres para a qualquer preço se manter no poder e roubar do país e da população o máximo que podiam. Claro que o folhetim era de ficção e a trama montada em forma de comédia e que mostrava, para o bom entendedor, os bastidores do país que na realidade era o nosso Brasil. Um personagem famoso e engraçado desta novela era o mestre Ravengar e em um determinado capítulo desta novela ele ensinava um de seus aprendizes a identificar os continentes. Pediu que ele apontasse no globo terrestre a Ásia, Europa – onde no folhetim se encontrava o país fictício - A África e por fim perguntou ao jovem aprendiz onde estava a América do Sul. Ao encontrar o continente o jovem fica espantado com o tamanho de um país e pergunta a ele que país é este se referindo ao Brasil. O mestre Ravengar então responde que é um país que está sendo colonizado pelos portugueses e que este país no futuro será um exemplo para o mundo. O jovem pergunta a ele: Exemplo do que mestre? Sem pensar ele responde: Um exemplo para o mundo de corrupção e vagabundagem.
O que mudou deste folhetim em 1989 para cá? Acredito, e tenho quase certeza que a maioria de vocês deverá concordar comigo, que estas previsões fictícias de um noveleiro se concretizaram. O país do folhetim vivia um sistema monarquista e alguns anos depois no mundo real, para ser exato em 21 de abril de 1993 no Brasil foi realizado um plebiscito para determinar a forma e o sistema de governo do país. Após a redemocratização do Brasil, uma emenda da nova Constituição determinava a realização de um plebiscito no qual os eleitores iriam decidir se o país deveria ter um regime republicano ou monarquista controlado por um sistema presidencialista ou parlamentarista. A maioria dos eleitores votou a favor do regime republicano e do sistema presidencialista. No que se referia ao sistema de governo o presidencialismo alcançou 55,4% dos votos. Quanto ao regime de governo o republicano chegou a 66% dos votos dos eleitores. Mesmo assim tivemos 10,2% dos eleitores que votaram na Monarquia. Ou seja, queriam que o país tivesse um dono. Cultura de um povo que tem sua origem em um sistema colonial. Estou abordando estes fatos históricos para chegar até a propaganda que o governo atual, que considero transitório, vem fazendo nos meios de comunicação. O final da mensagem, de todas as propagandas diz o seguinte: Este é o Brasil de Temer. Brasil de Temer? Não, estão redondamente enganados. Brasil dos brasileiros! Não votamos em monarquia para ter dono! Temer está presidente do Brasil por uma circunstância e não por vontade do povo. Talvez por vontade dos chamados mortadelas que votaram na Dilma que carregava ele junto. Quando fomos às ruas pedir o impeachment da Dilma não foi o fim de nossas mudanças para transformar nosso país em uma república democrática verdadeira. Foi sim o começo de um processo que ainda irá levar décadas para acontecer. Temos muitos corruptos e vagabundos para tirar do poder como profetizou no folhetim o Ravengar. Nossa luta está apenas no começo e não podemos deixar que as migalhas jogadas aos pombos como a liberação do FGTS nos iludam. Devemos continuar a nossa luta pelas mudanças que queremos. Temer não é um presidente eleito por nós povo brasileiro. É um presidente transitório que poderia estar lá não somente pelo impedimento da Dilma, mas por outras circunstâncias. Como exemplo o vice que assume após a morte do presidente como aconteceu com falecimento de Tancredo Neves então presidente. Não admito que este ou qualquer presidente vá aos meios de comunicação dizer que é o Brasil dele. Não sou escravo, sou livre e quem estiver no comando da nação será sempre um empregado do povo .brasileiro. O país é nosso e não dele ou de qualquer outro que assuma por tempo determinado o comando do nosso Brasil,.aguarde  sobre  esta história.

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