João Alberto Souza (MDB) encerra uma carreira de mandatos
longa, rica e decente aos 84 anos, depois de ter sido prefeito de Bacabal,
deputado estadual (dois mandatos), deputado federal (quatro mandatos), senador
da República (duas vezes), vice-governador e governador do Maranhão – só perdeu
duas eleições, uma para deputado federal nos anos 70 e outra para prefeito de
São Luís em 1992.
Economista, bancário e militante sindical de esquerda,
entrou para a vida pública no Governo de José Sarney, no qual foi diretor da
Rádio Timbira, da Merenda Escolar e do Banco de Desenvolvimento do Maranhão,
tendo sido ainda secretário de Estado várias vezes. Ingressou na vida política
como deputado estadual. Político de posições firmes, afeito a embates diretos
com seus adversários, sempre disse o que pensou quando foi parlamentar, e
sempre fez o que considerou correto quando governou Bacabal e o Maranhão.
Nos 11 meses e meio em que foi governador, ajustou a máquina
pública, primou pela transparência – publicou todos os dias nos jornais o
balanço financeiro do Estado -, e foi implacável no combate ao crime, adotando
uma política de segurança pública que marcou época no Maranhão, e em menos de
360 dias realizou mais de 800 obras, mesmo enfrentando a má vontade do Governo
de Fernando Collor.
Sempre defendeu rigor ético na política e encerra sua
carreira sem um processo por improbidade e tendo presidido o Conselho de Ética
do Senado por cinco vezes. Preside o MDB do Maranhão há mais de 20 anos e deve
passar o bastão em meados de Fevereiro. Tem dito a amigos que vai continuar
fazendo política e com a possibilidade de fechar sua trajetória candidatando-se
a vereador de Bacabal em 2020. Tem como herdeiro o deputado federal reeleito
João Marcelo (PMDB), seu filho, e o deputado estadual reeleito Roberto Costa
(MDB), que segue sua liderança desde quando era militante estudantil.
Ribamar Corrêa, repórter tempo
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