O Plenário do Senado conclui, a
aprovação da reforma da Previdência (PEC 6/2019). As novas regras para
aposentadorias e pensões para os trabalhadores entram em vigor após promulgação
do Congresso Nacional.
“Foi simplesmente a decretação do fim da aposentadoria justa
para as próximas gerações.
Houve uma lavagem cerebral e midiática para que se dissesse
que esta reforma era boa para o Brasil. Tem gente humilde achando que é
verdade. Infelizmente, daqui a alguns anos, quando uma pessoa for requisitar a
sua aposentadoria vai ver que esta reforma, que tanto falaram que era boa para
o país, na verdade não é”, afirmou o parlamentar.
No funcionalismo público, o texto aprovado afeta 1,4 milhão
de servidores na ativa e também os inativos, que passarão a pagar alíquotas
maiores para contribuição previdenciária.
Quando a PEC for promulgada, quem entrar no mercado de
trabalho terá que completar 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, para
cumprir o requisito de idade mínima para aposentadorias.
“Teremos sim velhos mais pobres e veremos isso daqui a 10
anos. O trabalhador se aposentará com menos 20% dos seus benefícios, a viúva
perderá seu poder aquisitivo do dia para noite e os funcionários públicos
também sofrerão perdas grandes com a possibilidade de criação de taxas
extraordinárias que podem consumir 50% do seu salário”, enfatizou Weverton.
O senador fez ainda uma avaliação da postura do PDT durante
todo o processo de análise e votação da reforma.
“Nós deixamos clara a nossa convicção de que a proposta não
é boa para o Brasil. Fizemos o nosso bom
combate e não tenho dúvidas de que vamos continuar nessa luta de cabeça
erguida.
Espero que, essa Casa, que falou tanto em altivez e em olhar
para frente, tenha coragem de enfrentar os bancos, as petroleiras e esse
sistema perverso econômico que sempre empobrece e enfraquece os mais fracos”,
ressaltou.
Destaque
O texto-base da reforma foi aprovado ontem pelo Senado por
60 votos a 19. Ficou para hoje a análise final dos destaques. O Partidos dos
Trabalhadores (PT) apresentou um destaque para evitar que a reforma retirasse
do texto constitucional a possibilidade de aposentadoria especial de
trabalhadores que exercem atividades com efetiva exposição a agentes nocivos
químicos, físicos e biológicos. O destaque foi aprovado pelos parlamentares.
“Essa emenda foi um alento a essa perversa reforma. O
senador Paulo Paim (PT-RS) merece todo o reconhecimento por conseguir tocar no
coração de muitos aqui que fizeram uma reflexão e deixaram de prejudicar nossos
trabalhadores mais vulneráveis, aqueles que exercem funções em níveis
altíssimos de periculosidade. Estou aqui para agradecer aos que resistiram e
fizeram o bom combate”, declarou Weverton.
A promulgação do texto aprovado da reforma da Previdência
ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer em novembro.
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