De O Estado
Dados do Governo do Maranhão informados ao Tesouro Nacional
– e divulgados na semana passada no documento intitulado “Relatório Resumido de
Execução Orçamentária (Foco estados + Distrito Federal) – apontam que a gestão
Flávio Dino (PCdoB) seguiu sem conseguir conter a sangria de recursos da
Previdência em 2019.
Os números mostram um déficit de R$ 1,005 bilhão no ano. O
valor corresponde ao rombo de R$ 377 milhões do chamado “Plano Previdenciário”,
somado ao de R$ 628 milhões do “Plano Financeiro”.
Em 2018, o déficit total também já havia sido de pouco mais
de R$ 1,1 bilhão.
O valor do déficit apurado em 2019 é praticamente a metade
do estimado pelo próprio governo para 2020.
Segundo projeção atuarial do “Regime Próprio de Previdência
Dos Servidores” constante do anexo de metas fiscais da Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2020, o “Plano Previdenciário” terá déficit de R$ 1,3 bilhão
neste ano, mais R$ 513 milhões de déficit do “Plano Financeiro”, totalizando
mais de R$ 1,8 bilhão de rombo.
A previdência local é deficitária porque o que se arrecada
não é o suficiente para cobrir os benefícios e pensões dos inativos. Assim, o
Executivo tem que usar recursos do Tesouro para cobrir o rombo.
O mesmo “Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime
Próprio de Previdência dos Servidores” contém uma projeção dos resultados
previdenciários do Estado até 2091.
Segundo esses dados – e se fossem mantidas as regras de
Previdência vigentes até o ano passado-, já em 2022, último ano do governo
Flávio Dino (PCdoB), o déficit acumulado da Previdência estadual seria de R$
3,1 bilhões no “Plano Financeiro”, mais R$ 5,4 bilhões no “Plano
Previdenciário”.
Após a divulgação desses dados, contudo, os deputados maranhenses
aprovaram, em novembro do ano passado, a reforma da Previdência proposta pelo
governador Flávio Dino, com aumento alíquotas de contribuição para pelo menos
70 mil servidores públicos estaduais. Haverá, também, aumento do valor da
contribuição patronal.
Já neste ano, houve alterações na forma de ingresso de
militares maranhenses na reserva – com aumento de idade mínima na ativa de 30
para 35 anos.
Fôlego – Essas medidas devem garantir “fôlego” ao Fundo
Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa) do Maranhão. Mas a gestão estadual
ainda não calculou qual será o impacto delas, segundo informou, em nota, o
Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev), ainda no
fim do ano passado.
“O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do
Maranhão (Iprev) informa que a referida projeção é anterior à consolidação do
Projeto de Lei º 14/2019, e que nova avaliação será apresentada posteriormente,
já contemplando as novas alíquotas de contribuição dos servidores estaduais”,
diz o comunicado.
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