Testes foram feitos pela Fiocruz-PE em células neurais e da
pele. Nos dois casos, eficácia da substância para bloquear a reprodução do
material genético do vírus foi superior a 99%. Testes foram feitos na Fiocruz
Pernambuco, localizada no campus da UFPE, na Cidade Universitária, na Zona
Oeste do Recife (Foto: Marina Meireles/G1) Testes foram feitos na Fiocruz Pernambuco,
localizada no campus da UFPE, na Cidade Universitária, na Zona Oeste do Recife
(Foto: Marina Meireles/G1)
Testes foram feitos na Fiocruz Pernambuco, localizada no
campus da UFPE, na Cidade Universitária, na Zona Oeste do Recife (Foto: Marina
MeirelesAtravés de testes em laboratório, pesquisadores da Fiocruz Pernambuco
descobriram uma substância capaz de bloquear a reprodução do vírus da zika.
Divulgada nesta terça-feira (15) pela entidade, a descoberta foi publicada na
revista científica International Journal of Antimicrobial Agents na sexta-feira
(11). De acordo com o pesquisador Lindomar Pena, que coordenou o estudo, a
substância sintética 6-metilmercaptopurina ribosídica (6MMPr) foi testada em
células neurais e da pele. Nos dois casos, houve o bloqueio de 99,6% da
reprodução do material genético viral.
“Principalmente as células nervosas afetadas pelo vírus
tiveram uma boa resposta à substância. Isso é muito bom, porque são essas
células que levam às consequências mais graves da infecção [por zika], tanto em
crianças quanto em adultos”, detalha Pena ao G1.
Ainda segundo o pesquisador, foram experimentados diferentes
tempos e dosagens da substância nas células. “Fizemos os testes de forma muito
rigorosa, antes e depois de infectarmos as células, e houve resultados
positivos nos dois casos”, explica, sinalizando que a substância pode ser usada
na prevenção e no tratamento das doenças causadas pelo vírus.
Feita ao longo de um ano por pesquisadores em Pernambuco, a
pesquisa chegou à substância 6MMPr após testes feitos para combater um vírus
que ataca cães. “Devido à similaridade dos vírus, resolvemos testar para zika”,
comenta Pena. De acordo com o pesquisador, o próximo passo é aplicar a
substância em camundongos para observar o comportamento do vírus em seres
vivos.
A expectativa, segundo o coordenador do estudo, é de iniciar
os testes nos animais até o fim do ano. “Na forma nativa, essa substância tem
uma eficácia muito boa, mas nós pretendemos fazer novos estudos para melhorar
quimicamente o potencial dela”, ressalta. Zika transmitida por pernilongo
Na quarta-feira (9), um artigo publicado na revista
científica Emerging Microbes & Infections, do grupo Nature, revelou que o
pernilongo comum, popularmente conhecido como muriçoca, pode atuar como um
transmissor do vírus da zika, além do mosquito Aedes aegypti. A constatação foi
feita por pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, que realizaram pesquisas e
coletas de insetos em áreas de circulação de pessoas que contraíram a doença.
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