A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta
quinta-feira (24), da deflagração da segunda fase da Operação Arauto. O
trabalho, realizado em parceria com a Polícia Federal (PF), busca desarticular
organização criminosa responsável por fraudar processo licitatório para
contratação de empresa especializada para execução de serviços de apoio técnico
ao gerenciamento da implementação e à fiscalização de obras do Programa Viva
Maranhão, na capital maranhense São Luís.
O contrato, cujo valor inicial é de aproximadamente R$ 49
milhões, possui aporte de recurso do Programa de Apoio ao Investimento dos
Estados e Distrito Federal (Proinveste), do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). No período de 2013 a 2018, já foram pagos pelo
Governo do Estado do Maranhão mais de R$ 112 milhões ao consórcio de empresas
beneficiadas que celebraram o contrato junto à Secretaria de Planejamento do
Estado.
Operação Arauto
A primeira fase da Operação Arauto teve início a partir de
indícios de direcionamento em concorrência pública, em favor de empresa de
consultoria que posteriormente viria a assinar contrato com a Secretaria de
Planejamento, Orçamento e Tesouro do Estado do Amapá (Seplan/AP). A contratação
investigada envolveu a prestação de serviços técnicos de apoio para gestão,
monitoramento e avaliação do “Programa Amapá/BNDES: Desenvolvimento Humano,
Regional e Integrado (PDRI)”, utilizando-se de recursos oriundos do BNDES.
De acordo com a análise dos materiais apreendidos durante a
primeira fase da operação, verificou-se que a quadrilha desviou ao menos R$ 19
milhões do contrato de consultoria no Estado do Amapá. No curso das
investigações, detectou-se que os integrantes da quadrilha, por meio de duas
empresas de consultoria, previamente ajustadas, firmaram consórcio para
participar de certame licitatório de concorrência pública na cidade de São
Luís/MA, tendo sido constatado que funcionários das empresas investigadas
atuaram diretamente na elaboração do edital da licitação.
Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e
cinco mandados de busca e apreensão, nas cidades de Porto Velho/RO, Curitiba/PR
e São Luís/MA, bem como sequestro de bens e valores na ordem aproximada de R$
112 milhões.
Os investigados responderão, na medida de suas
responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, fraude em licitação e
peculato.
As informações são da CGU/
Nenhum comentário:
Postar um comentário