Dos oito casos confirmados pelo Ministério da Saúde, dois
são de pessoas que não viajaram para países onde há circulação do vírus
Por Mariana Rosário - fonte veja
Mulher usa máscara de proteção no Metrô de São Paulo: estado
tem as primeiras transmissões locais Amanda Perobelli/Reuters
Nesta quinta-feira,5, o Ministério da Saúde comunicou que
três estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) têm
pacientes com diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Ao todo, são oito
pessoas com a infecção, duas delas não viajaram para outros países e foram
expostas ao vírus após o contato (direto e indireto) com o primeiro paciente
diagnosticado.
Ainda hoje, o Ministério recuou de uma decisão anterior e
passou a considerar o primeiro diagnóstico positivo sem sintomas da doença.
Com esse novo panorama, VEJA entrevistou o diretor clínico
do Grupo Fleury, o infectologista Celso Granato, para compreender quais os
riscos deste novo momento da transmissão do coronavírus no país. Confira o
tira-dúvidas:
1) O Brasil teve suas primeiras transmissões locais, que
ocorreram após o contato com um paciente que tinha viajado para áreas onde há
transmissão. Com a confirmação, aumentou o risco da doença se alastrar pelo
país?
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Teoricamente aumenta, mas isso vai depender do que for feito
com esses novos casos confirmados. Se você colocar esses pacientes em
quarentena, não há problemas. É claro que quanto mais pessoas forem infectadas
sem entrar em contato com alguém que viajou, mas por meio de intermediários,
mais preocupante fica. É um segundo momento para a transmissão da doença no
país. É algo que imaginávamos que fosse acontecer, porque não é todo mundo que
chega de viagem sabendo que teve contato com a doença e que pode estar infectado.
Até o diagnóstico ocorrer, existe chance de que essas pessoas tenham entrado em
contato com parentes e colegas.
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