Pescadores estão desaparecidos há 12 dias, após saírem do
município de Raposa para pescar. Material usado na atividade pesqueira pelo
grupo foi encontrado boiando em alto mar.
Por G1 MA, TV Mirante — São Luís, MA
CTA procura por pescadores desaparecidos no mar
O Centro Tático Aéreo (CTA) retomou nesta terça-feira (7) as
buscas para encontrar os três pescadores que estão desparecidos há 12 dias,
após saírem para realizar atividade pesqueira em Raposa, município localizado
na Região Metropolitana de São Luís.
Os agentes se reuniram com pescadores da região para
entender como funcionam as correntes marítimas e tentar descobrir o local exato
onde o trio deveria estar. As informações vão ajudar o CTA a concentrar as buscas
em um local mais exato onde os pescadores possam ter desparecido.
Foto: Reprodução/TV Mirante
Os pescadores Lucas dos Santos, André Veras Silva e
Francisco José Pereira de Araújo estão desaparecidos há 12 dias no Maranhão.
Os pescadores Lucas dos Santos, André Veras Silva e
Francisco José Pereira de Araújo estão desaparecidos há 12 dias no Maranhão.
De acordo com o tenente-coronel Alci, chefe do departamento
de resgate do CTA, as primeiras buscas realizadas na segunda-feira (6) não
encontraram nenhum vestígio que possa indicar que tenha ocorrido um naufrágio
com a embarcação onde os pescadores estavam.
"Após essa reunião que nós vamos ter com eles, nós
vamos fazer exatamente o que eles nos passarem e vamos para a área onde eles
vão nos determinar. E vamos acompanhar as marés para ver se a gente consegue
encontrar algum vestígio dessa embarcação, porque é muito estranho. Já fazem 15
dias, não tem nenhum sinal de vida, nenhum um vestígio do que houve um
naufrágio na área e por isso, vamos continuar as buscas para encontrar algum
vestígio do que possa ter acontecido com eles", explicou.
Trio saiu do Porto do Braga, em Raposa (MA) —
Lucas dos Santos, de 18 anos; André Veras Silva, de 37 anos
e Francisco José Pereira de Araújo, de 30 anos, saíram para pescar no dia 25 de
junho. Os três saíram do Porto do Braga, em Raposa, em uma embarcação a motor tipo
'Biana.
Segundo as famílias, a expectativa é que eles retornassem
para casa em cinco dias, como era de costume, o que não aconteceu. Angustiados,
os parentes agora esperam uma resposta para o desaparecimento dos pescadores.
"O que a gente quer é ter uma resposta. A gente quer
uma resposta, a gente quer uma notícia boa ou ruim, não interessa, a gente só
quer uma resposta. Alguma coisa que possa acalmar a gente, porque é muito ruim
a gente ficar nessa incerteza, ficar pensando 'aconteceu isso, aconteceu
aquilo', é muito ruim. Amanhece e anoitece e a gente não faz nada", disse
Cláudia Silva dos Santos, mãe de Lucas Silva.
Material de pesca usado pelos pescadores foi encontrado
boiando em alto mar.
Após os pescadores terem saído de casa, o material de pesca
usado por eles foi encontrado boiando na Baía de Cangatá, na entrada da Baía de
São José, cerca de 14 milhas da costa do litoral de Raposa.
"Ele [Lucas] saiu daqui dizendo que ia voltar com
quatro dias. Quando deu cinco dias, eu perguntei pro meu marido: 'Magno, o
Lucas ainda não chegou', e ele disse 'não, ele vai chegar amanhã'. Ai deu cinco
dias, seis dias e todo dia eu ia no Porto do Braga me informar e ninguém dizia
nada, só diziam que eles estavam pescando. Só que essas coisas já estavam em
Ribamar, há três dias, depois que eles saíram e ninguém sabia. A gente só foi
informado no domingo", disse a mãe de Lucas.
A colônia de pescadores de Raposa disse que não recebeu o
material que foi encontrado pelo pescador de São José de Ribamar.
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